ESCOLA PARQUE DO SABER
INFORMATIVO AOS PAIS
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
E
COMPORTAMENTO
Os Distúrbios de Aprendizagem e Comportamento se caracterizam por dificuldades experimentadas pela criança no desenvolvimento de habilidades cognitivas específicas e que não estejam associadas a uma redução global da cognição que caracteriza a deficiência mental.
Em geral, a identificação de um distúrbio de aprendizagem ou comportamento é feita na fase escolar da criança, quando as exigências específicas de aprendizagem e conduta se impõem.
Entre os distúrbios de aprendizagem mais comuns estão a Dislexia e Discalculia. Entre os distúrbios de comportamento temos a Hiperatividade, a Impulsividade e o Déficit de Atenção.
Pesquisas recentes revelaram que por volta de 10% da população mundial em idade escolar sofre de distúrbios de aprendizagem ou comportamento ocasionados por problemas neurológicos, tais como dislexia, discalculia, hiperatividade, impulsividade e déficit de atenção, que acarretam um desenvolvimento insuficiente desses alunos no rendimento escolar e estão entre as principais causas de retenção e evasão escolar
Pesquisas recentes também vêm mostrando que esses problemas neurológicos podem ser de origem genética ou então causados por pequenas lesões distribuídas por várias áreas do cérebro que, só com técnicas muito recentes de ressonância magnética e mapeamento cerebral, podem ser detectadas. Tais lesões podem ser provocadas durante a gestação ou mesmo durante o período da primeira infância da criança. Fatores da gestação pertinentes à mãe e causadores desses problemas são: estresse, má alimentação, uso de drogas (inclusive álcool e cigarro), problemas de saúde como pressão alta ou baixa, deslocamento de placenta, entre outros. Fatores da primeira infância pertinentes às crianças podem incluir estresse, espancamento, certas doenças, entre outros. Quanto ao estresse precoce devido a maus tratos experimentados pela criança nos seus primeiros anos de vida e quanto ao rompimento das relações entre mãe e filho é importante ressaltar que vários pesquisadores mostram alterações cerebrais nessas crianças, que se correlacionam tanto a uma redução do desenvolvimento cognitivo quanto a distúrbios psiquiátricos.
O estresse a que fica submetida à criança durante a gravidez ou durante sua infância provoca uma série de alterações hormonais que acabam resultando em lesões orgânicas do cérebro. Dessa maneira o desajuste social se transforma em uma disfunção orgânica, que retroalimenta e amplifica esse desajuste social.
Resumidamente, um indivíduo sem rebaixamento intelectual é
caracterizado como portador de:
A) Déficit de Atenção (DDA): quando apresenta dificuldade em manter a
atenção em tarefas ou jogos; parece não ouvir o que se fala;
dificuldade em organizar tarefas ou atividades; perde coisas; distrai se
com qualquer estímulo, etc;
B) Hiperatividade: quando freqüentemente deixa a classe; está
sempre mexendo com os colegas; fala muito; corre e sobe em
árvores ou móveis, tem dificuldades em seguir regras...; etc;
C) Impulsividade: quando interrompe conversas e atividades de outros; não
espera a vez; apresenta crises de agressividade; bate nos colegas;
lidera insubordinações, etc.
D) Dislexia: quando começa a apresentar dificuldades para reconhecer letras ou ler e escrever, embora tenha uma inteligência não comprometida;
E) Discalculia: quando o indivíduo apresenta dificuldades para reconhecer quantidades ou números e/ou realizar os cálculos aritméticos.
O aluno pode apresentar os cinco tipos de distúrbios em conjunto ou qualquer combinação entre eles
Como ajudar o portador de Déficit de atenção/Hiperatividade?
Além de procurar um bom profissional que possa oferecer acompanhamento psicopedagógico e outros tratamentos caso haja necessidade, os pais e os professores podem ajudar da seguinte forma:
Fonte: Livro Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Lou de Olivier. 2ª Edição.